Homem vive na miséria sem luz nem água

O local onde Alberto Marques mora, em Paramos, no concelho de Espinho, não pode ser chamado de casa. O homem sobrevive numa estrutura sem água, electricidade ou casa de banho e as ajudas que recebe são poucas ou quase nenhumas. É no cimo da Rua da Pinha que está situada a “casa” onde o homem, de 58 anos, mora há 17. Foi naquele local que nasceu, viveu com os pais, e para ali regressou depois de se ter divorciado. A mãe faleceu há cerca de dois anos e o pai há sete meses e, desde então, Alberto Marques mora sozinho, estando já habituado a viver naquelas condições. “Depois de os meus pais terem morrido passei do barraco ao lado para o quarto deles. Pelo menos lá não chove”, conta o homem, que recebe do Estado um subsídio de 135 euros. “Dá para pagar o pão, à peixeira e a mercearia e não sobra quase nada”, lamenta. A casa de banho de Alberto é o pinhal existente nas traseiras da casa e, para ter acesso a água, recorre a uns tanques públicos. “É com essa água que tomo banho. No Verão, mergulho nos tanques, no Inverno, vou lá buscar a água e aqueço-a em casa”, descreve.