“É bastante duro, mais duro do que eu esperava. É para um especialista, isso é óbvio. Eu gosto do percurso, porque é duro, mas a diferença real vai estar na última subida. Mas já o percurso cá em baixo vai fazer bastante diferença”, analisou Nelson Oliveira (na foto, à direita), ciclista de Anadia que representa a equipa espanhola Movistar, imediatamente após ter feito o reconhecimento do traçado de 31 quilómetros do contrarrelógio de hoje do Campeonato do Mundo de Estrada de Ciclismo, que se está a disputar em Bergen, na Noruega.
Depois de ter escalado o Mont Floyen, a subida final de 3,4 quilómetros, com uma pendente média de 9,1%, o corredor anadiense ficou hesitante relativamente à táctica a utilizar na prova de hoje. “Experimentei das duas maneiras (subir com a de contrarrelógio e com uma de estrada), mas ainda não sei. Temos de trocar de bicicleta numa recta, mesmo no início da subida. Ou seja, vimos lançados e não sei se compensa ou não. O tempo que vamos ganhar com a bicicleta de estrada não sei se justificará. Alguma coisa ganhamos, mas não sei se vale realmente a pena, porque também perdemos alguns segundos na troca”, explicou.
Portugal também se vai fazer representar por Rui Costa no contrarrelógio de hoje. O ciclista da UAE Team Emirates não compete num “crono” em Mundiais desde 2011, quando foi 49.º em Copenhaga (Dinamarca). Rui Costa, que foi campeão mundial de fundo em 2013, vai partir para a estrada às 12.51 horas, enquanto Nelson Oliveira inicia o seu exercício às 15.12 horas, , antes do grupo de favoritos, que inclui o britânico Christopher Froome (Sky), vencedor do Tour e da Vuelta, o holandês Tom Dumoulin (Sunweb), vencedor do Giro, e o alemão Tony Martin (Katusha-Alpecin), o campeão em título.
