Em 1959, com apenas 16 anos, Jean Georgelin, na altura um jovem pescador do navio francês “Colonel Pleven”, encarou a morte de frente. Caiu ao mar, em pleno Atlântico Norte, onde a temperatura da água atinge números baixos demais para quem tem de lutar para sobreviver. Acabou por ser resgatado pela tripulação de um navio português, o “Águas Santas”, que andava a pescar bacalhau na mesma zona, e a sua história teve direito a um final feliz. Os anos passaram – já lá vão quase 60 – mas Jean Georgelin nunca conseguiu esconder a emoção de cada vez que lembrava aquele dia. Mais do que isso: sentia uma enorme necessidade de reencontrar os portugueses que o salvaram para lhes dizer, cara a cara, um singelo mas profundo “obrigado”.
A vontade era de tal ordem que conseguiu contagiar vários amigos e companheiros da associação Mémoire et Patrimoine des Terre Neuvas – uma colectividade sediada em Saint-Malo, França, que visa preservar a memória e património da pesca do bacalhau na Terra Nova –, que decidiram, em Março do ano passado, meter pernas ao caminho e vir até Portugal procurar os homens que protagonizaram o salvamento. Tinham passado muitos anos, os dados de que dispunham eram poucos, mas a missão acabou por chegar a bom porto.
Leia a notícia completa na edição em papel.
