Nem quando o país ajuda “o Governo faz o que deve”

Nem quando o país se mobiliza o Governo consegue fazer o que deve, considerou Passos Coelho, na noite de sexta-feira, no Europarque. O presidente do PSD abrilhantou uma mega-acção de campanha – jantar comício com quatro mil apaniguados, segundo a organização – da candidatura social-democrata aos órgãos autárquicos do município de Santa Maria da Feira e aproveitou para criticar António Costa e seus aliados. Apresentou a (não) reacção à tragédia de Pedrógão como exemplo da inércia governamental, assinalando os 13 milhões de euros doados pela “sociedade civil”, para vincar que essa verba ainda não está a ser utilizada em socorro das populações. “Nem quando os portugueses oferecem dinheiro o Estado consegue acudir às pessoas”, sentenciou o ex-chefe do Governo. Passos Coelho traçou o quadro de uma governação à esquerda que se aproveitou das medidas duras assumidas pelo seu Executivo durante os anos da Troika para apresentar resultados positivos, mas acentuou que continua a faltar ímpeto reformista a António Costa e a aos seus ministros.