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Nodeirinho vê nascer pequeno jardim ao lado do tanque que salvou vidas


Foto: Luís Filipe Coito Quarta, 05 de Julho de 2017

Em No­deirinho, ao lado do tanque que salvou uma dúzia de pessoas do incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande, começou-se a plantar alecrim, alfazema e outras plantas, que cada pedaço verde, dizem os locais, é um sinal de "esperança". Gabriela Silva, de Pedrógão Grande, agarrava numa enxada e ajudava a criar um pequeno jardim ao lado do tanque de Nodeirinho, que no domingo já ia ganhando forma, com alecrim, alfazema, lavanda ou sardinheiras. Da vila, trouxe uma "carrada de arbustos e flores" para dar "um bocadinho de verde a uma paisagem que é uma tristeza".
"Vê-se tudo queimado, tudo cheio de cinzas. As plantas são para dar ânimo e esperança para que as pessoas se consigam reerguer", diz à agência Lusa Gabriela, que andou a distribuir pela população plantas que o seu pai tinha.
António Santos, de 45 anos, viajou de Lisboa com alfazema, sardinheiras e alecrim, a pedido da sua prima, Dina Duarte, que vive naquela aldeia do concelho de Pedrógão Grande, distrito de Leiria, umas das mais atingidas pelo incêndio que provocou a morte a 64 pessoas. "Quis trazer um bocado de verde à paisagem cinzenta e preta", conta António, enquanto planta mais um alecrim junto ao tanque. "Têm bom cheiro", nota António, que brincava naquela zona quando era pequeno.
A habitante de Nodeirinho Dina Duarte diz que, mais importante do que alimentação, é a aldeia voltar a ter as suas hortas, "que ficaram todas queimadas". 

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