Apesar de ter um banca em tudo semelhante às outras, Maria do Céu é das pessoas que vive de forma mais genuína o Festival Pão de Portugal, cuja quarta edição arrancou ontem, em Albergaria-a-Velha. Natural de Ribeira de Fráguas, freguesia do interior do concelho albergariense, Maria do Céu não faz da padaria a sua vida. “Faço só quando tenho encomendas, duas vezes por semana ou assim”, revela numa curta conversa com o Diário de Aveiro.
Aquilo que nos leva a afirmar que aquela é uma das pessoas que vive de forma mais pura um festival que há muito ultrapassou as fronteiras da região é simples, e justifica-se na forma como abordou a nossa reportagem, quando esta passava em frente à sua banca. “Não quer provar o pão ou a broa? Olhe que é tudo feito com o milho e o trigo das nossas terras, que são moídos nos moinhos da Rota dos Moinhos”, desafiou, Maria do Céu. “Afeiçoei-me a isto e venho sobretudo para conviver” explicou a produtora – também de doces que convida a provar-, revelando que participou em todas as edições do certame.
Ora, se o pão começa por nascer nos moinhos, o Festival Pão de Portugal fermenta, principalmente, pela ligação umbilical de Albergaria-a-Velha com os seus moinhos e respectiva rota. E é por isso que, apesar de participarem cerca de 70 expositores no evento que termina amanhã, poucos terão uma ligação tão genuína ao festival.
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