O jornalista Américo Mascarenhas faleceu ontem aos 63 anos, de doença, após uma vida intensa ligada ao jornalismo, à música, às “rádios pirata” e ao cinema. Nascido em Coimbra, estudou e trabalhou em França e Inglaterra onde fez muitos contactos inicialmente no mundo da música, especialmente no rock. Foi já em França que integrou um projecto pioneiro na área das rádios “pirata” – a Rádio Ivre. De regresso a Portugal, foi co-fundador da Radio Livre Internacional, inspirada no modelo francês, que começou a emitir em Lisboa e foi transferida para Coimbra, mais concretamente para a antiga Real República Trunfé-Kopos. Um projecto radiofónico pioneiro em Portugal nesta área das “rádio pirata”. Uma rádio que rapidamente estabeleceu uma ligação directa à vida académica da cidade, meio em que Américo – quer pela sua ligação às Repúblicas, quer ao Desporto (especialmente ao râguebi) quer ainda ao jornalismo – se movimentou durante décadas como poucos, sendo um homem por todos acarinhado, muito devido à sua cultura mas também à sua frontalidade e enorme generosidade.
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