Quando a ilustradora aveirense Fatinha Ramos foi recebida numa reunião no Museu de Arte Moderna (MoMA, na sigla inglesa) de Nova Iorque, um dos mais conceituados museus do mundo, avisaram-na que “só trabalhavam com ilustradores com mais de 20 anos de experiência”. Radicada na Bélgica há vários anos, e com apenas quatro dedicados à ilustração, a aveirense questionou-se: “O que é que eu estou aqui a fazer?”. Mas uma vez que tinha conseguido ser recebida, percebeu que não tinha nada a perder.
E depois, ela “toda colorida”, como sempre se apresenta, a conhecer o MoMA, junto dos responsáveis do museu, “todos vestidos de negro”, e a apreciar as obras ali expostas, mas também “aquela vista sobre Nova Iorque”, que a arrebatou. Mas ela estava ali em trabalho, e foi isso que se seguiu.
Os responsáveis do museu mostraram-lhe uma parte do texto sobre a artista Sonia Delaunay - nascida na Ucrânia, mas que viria a adquirir nacionalidade francesa -, e, como teste, pediram-lhe para desenhar a capa que faria para o livro. O resultado? Não só Fatinha Ramos foi, dos três colocados à prova, a ilustradora escolhida, como o “teste” que apresentara foi logo escolhido para ser a versão final da capa do livro que será editado em Junho. Nada mau para alguém com um bocadinho menos do que 20 anos de experiência.
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