Padas e folares de Vale de Ílhavo é tudo farinha do mesmo saco

Queríamos muito fazer um texto diferente, mas isto é tudo farinha do mesmo saco. Um pãozinho sem sal, é o que é. Mas hoje nem nos vamos importar, graças à aprendizagem que trouxemos da abertura de mais uma edição da Rota das Padeiras de Vale de Ílhavo. Se não, repare: no certame montado na sede da Associação Cultural e Recreativa “Os Baldas”, lado a lado, estavam 13 padeiras e dois padeiros. Concorrentes directos, no dia-a-dia, como deve imaginar. Esqueça. Todos em amena cavaqueira. E nem com provocações se descosem. “Aqui que ninguém nos ouve, diga lá: quais são as melhores padas?” “O pão aqui é todo bom! Alguma vez comeu algum que não fosse?”, retorquia Francelina Vidal, uma das padeiras ali presentes. Nós bem queríamos fazer fermentar alguma polemicazinha, mas rapidamente percebemos que dali não íamos levar nada. Vamos ouvir Fernando Caçoilo, presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, pode ser que ele nos ajude. “É uma honra estar, mais uma vez, na abertura desta Rota das Padeiras, que homenageia algumas das coisas boas que tem o nosso município: o pão e as nossas padeiras, que estão no primeiro patamar daquilo que é melhor em Ílhavo”, declarou o edil, para contentamento das padeiras. Para nós é que nada de novo. Só chuva no molhado. “O tem­po é que não ajudou muito. Parece-me que foi Vagos que nos tentou boicotar, que esta tempestade vem de Sul, mas nem isso vai estragar este evento”, continuava Fernando Caçoilo. Hum. Uma bicada suave no concelho vizinho não nos ser­ve de muito. Ainda se encontrássemos ali alguém de Vagos. Vamos mas é seguir para outra fornada de ideias.