A 19 de Agosto de 2016, a Confraria Gastronómica do Bacalhau lançou o alerta: o Gazela II, embarcação que os confrades estavam a construir para participar na Corrida Mais Louca da Ria tinha desaparecido. Passados seis meses, a embarcação foi “encontrada”, não muito distante da Gafanha da Nazaré, local onde terá sido vista pela última vez. O barco, que pretende assumir-se como uma réplica do lugre bacalhoeiro Gazela, “apareceu” na Gafanha de Aquém, junto do novo cais desta localidade ilhavense. Quem o encontrou foi Manuel de Oliveira (conhecido como Manuel Miolo), um concorrente habitual da Corrida Mais Louca da Ria – e que já foi vencedor da mesma por duas vezes.
“Quando eles anunciaram o desaparecimento do barco eu prometi-lhes que, nem que tivesse de andar todos os dias com o meu bote na Ria, iria encontrá-lo. Nem que fosse numa manhã de nevoeiro”, contou ao Diário de Aveiro Manuel Miolo. Ontem, em plena manhã de domingo de Carnaval – ainda que sem nevoeiro – a embarcação acabou por aparecer no Canal do Boco. Manuel Miolo já informou os elementos da Confraria Gastronómica do Bacalhau que, na altura do desaparecimento do barco, davam nota de um “grande pesar e consternação pelo sucedido [desaparecimento do Gazela II]”.
No fundo, o que esta história vem provar é que “brincadeira com brincadeira se paga”. Ontem, depois de tomar conhecimento do “aparecimento” do Gazela II, o confrade Miguel Monteiro reconheceu ao Diário de Aveiro que tudo não tinha passado de uma brincadeira. “Acabámos por não ter tempo para construir o Gazela II a tempo da corrida e como a prova é feita de brincadeira e diversão, decidimos criar este facto”, admitiu.
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