Se está à espera de uma linda Primavera em flor, mude de estação. O despertar desta Primavera do Teatro Praga é tudo menos um prado verdejante onde apetece correr ao som dos passarinhos. Esta é uma Primavera cheia de mudanças de humor. Mui cor-de-rosa, sim, mas em choque. Um “pink” turbulento onde cabem todas as fases da adolescência. Onde, num ápice, se vai do extâse à depressão profunda. É a vida, “darling”. E ela sabe ser cruel. “Any way”, se lhe apetecer laurear e ver um espectáculo que é mais basto bom do que a novela da noite, não pense uma, duas, três, catorze vezes. Perca a capita, mande os seus infantes e infantas xonar e mergulhe no “Despertar da Primavera” que nasce hoje, às 21.30 horas. Porque quando lá fora estiver breu, no palco da Casa da Cultura de Ílhavo (CCI), uma luz brilhante vai incidir sobre uma forma distinta de se fazer teatro, e é uma oportunidade que não se pode perder. E à borliú!
O Teatro Praga aceitou o desafio colocado pelo Centro Cultural de Belém de agarrar numa peça escrita por Frank Wedekind, em 1891, e dar vida a uma tragédia da adolescência vivida no seio de um grupo de jovens “em conflito com uma sociedade conservadora e moralista” e, através de uma tradução genial feita por José Maria Vieira Menezes, reinventou um clássico que o público de Ílhavo tem a possibilidade de ver em primeira-mão. Depois de ter estado em residência artística no concelho durante esta semana (ver texto secundário), o elenco deste “espectáculo onde está inserido o texto de ‘Despertar da Primavera’” - como definiu André e. Teodósio, responsável pela encenação, a par de Pedro Zegre Penim – despede-se de Ílhavo, mas promete deixar uma marca bem vincada em todos os que forem assistir a esta ante-estreia.
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