Jornal defensor da valorização de Aveiro e da Região das Beiras
Fundador: 
Adriano Lucas (1925-2011)
Diretor: 
Adriano Callé Lucas

“O segredo já não é a alma do negócio”


Adérito Esteves (Texto) e Ricardo Carvalhal (foto) Sexta, 20 de Janeiro de 2017
O restaurante Salpoente recebe, esta noite, 100 empresários que vão ali celebrar os cinco primeiros anos de vida da AMA-Empresarial. Além do jantar, será servido aos convidados da associação de marketing nascida em Aveiro uma comunicação de Pedro Mendes, director do IPAM de Lisboa, intitulada “Marketing Assertivo para PME em 2017”. Depois do jantar, o digestivo será tomado no Sal Club, onde Liz Silva, presidente da AMA-Empresarial, acredita que se vai “praticar um networking mais casual”. Até porque, defende, “os melhores negócios fazem-se de copo na mão e sem barreiras, num ambiente de relação mais leve”. Diário de Aveiro: A AMA Empresarial celebra o quinto aniversário. Que balanço faz destes cinco anos? Liz Silva: Foi meia década de muito trabalho e sacrifício em que tivemos de acreditar num projecto que muitos Adamastores da sociedade criticavam, dizendo que já havia associações empresariais de mais. Mas sempre defendemos que a AMA Empresarial era diferente. Primeiro, porque o seu posicionamento era para as Pequenas e Médias Empresas (PME) e para as micro-empresas; depois, porque era direccionada para a área do Marketing e da Gestão – se repararmos, nenhuma associação empresarial do país tem a área de marketing, e ela é fundamental para qualquer empresa moderna. Na altura fizemos um estudo e percebemos que 89 por cento das PME não tinham departamento de marketing, ou sequer alguém com formação da área. E foi para isso que nasceu a AMA, com muita pujança. No primeiro ano e meio, começámos por querer ganhar credibilidade – fizemos eventos todos os meses, com oradores de várias áreas, que não vinham cá antes. Esse foi um período de bastante sucesso em que não tivemos a preocupação de ter associados, mas de dar credibilidade à associação. A partir daí, sim, começámos a ter a preocupação de ter associados – hoje temos mais de 600, distribuídos entre Bragança e Leiria. E que trabalho é que a AMA Empresarial faz com os associados? O nosso objectivo é ajudar. Ajudar as empresas, ajudar a criar sinergias e networking. Porque o segredo já não é a alma do negócio. Hoje em dia sabe-se tudo e o grande segredo é o trabalho. E os próximos cinco anos vão demonstrar isso mesmo. Vamos apostar na qualidade dos serviços e dos produtos das PME. Qual a razão que atribui para que 89 por cento das empresas que entraram no vosso estudo inicial não tinha departamento de Marketing? Por vários motivos. As pessoas ligam o marketing a ideias negativas, por causa da publicidade. Há aquela ideia de que a publicidade serve para enganar o cliente. O que não é verdade. Em todas as áreas há bons e maus profissionais. A publicidade tem o lado positivo de mostrar produtos que não conheceríamos de outra maneira. Outro motivo é que o marketing é muito caro. Estamos a falar de empresas que têm apenas um trabalhador, ou que têm dois ou três, e o marketing é posto de lado. Mas hoje em dia essa preocupação já está a mudar porque as empresas estão a ver que as estratégias de marketing funcionam e que os bons profissionais podem arranjar novos públicos. E, por isso, dessa percentagem, muitos servem-se da AMA, que faz todos os trabalhos de marketing. Não os faz directamente, uma vez que só somos capazes de cobrir 30 por cento dos trabalhos internamente. Os restantes trabalhos são feitos pelos próprios associados, que vão dar garantias de sucesso às PME.
Leia a notícia completa na edição em papel.

Suplementos


Edição de Hoje, Jornal, Jornais, Notícia, Diário de Coimbra, Diário de Aveiro, Diário de Leiria, Diário de Viseu