O jogo entre quem atira as cavacas do alta da Capela e quem, no adro e nas ruas circundantes do templo, as tenta apanhar é um dos chamativos das Festas em Honra de São Gonçalinho, que decorrem até à próxima terça-feira.
Crianças e jovens, gente de meia-idade, seniores, aveirenses e forasteiros, até alguns turistas estrangeiros, aglomeravam-se na zona assim que o sino anunciava mais um período de lançamentos. Os que subiam levavam motivação religiosa, cumprindo promessa, ou apenas vontade de participar em tradição de alegria popular. Famílias iam juntas e enquanto uns atiravam as cavacas, outros tiravam fotos.
Cá em baixo, com guarda-chuvas e com redes, entusiastas tentavam recolhê-las, sem levar com elas na cabeça. Alguns, mais corajosos, levantavam os braços e tentavam apanhá-las com as mãos.
Sem surpresa, máquinas fotográficas e samartphones iam registando os momentos e grupos ensaiavam as inevitáveis selfies.
Até o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais se deixou contagiar pela mística do lançamento de cavacas. “Moro a cinco minutos daqui”, salientou, após a sua sessão de lançamento, Fernando Rocha Andrade, que não é dos que está presente todos os anos, mas que, por vezes, também gosta de fazer o gosto ao braço.
O governante recordou que começou a frequentar o São Gonçalinho quando tinha 20 anos. “É uma festa muito peculiar”, definiu-a, acentuando a conjugação do factor religioso com “aspectos profanos muito interessantes”.
Rocha Andrade considerou que esta festividade “ganhou o coração da cidade” de Aveiro. Disse que passou de festividade de bairro a evento para todos os aveirenses, e não só.
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