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Executivos municipais «nunca olharam para as outras freguesias como tinham de olhar»


Quinta, 18 de Abril de 2024

Carlos Rocha, presidente da Junta da Gafanha da Nazaré, fala do passado, do presente e do futuro da freguesia. Há problemas prementes por resolver, co­mo o centro de saúde, que «es­tá um caos», avisa. No geral, diz o social-democrata, «a Gafanha da Nazaré é uma freguesia fervilhante e muito dinâmica».

Diário de Aveiro: Há longos anos que se fala do projeto de reformulação do centro da freguesia. Em que pé está o processo?
Carlos Rocha: Está parado. Tudo o que se tem perspetivado, desde o tempo do eng. Ribau Esteves como presidente de Câmara em Ílhavo, passan­do pelo tempo do eng. Fernando Caçoilo, apesar dos projetos existentes, nada avançou. Nos tempos que se vivem e na gestão deste executivo liderado desde 2021 pelo presidente Jo­ão Campolargo de nada se fala, nem do que existia, nem do que poderá vir a existir. Nos tempos idos do eng. Ribau Esteves, esteve em cima da mesa um projeto para criar uma nova centralidade. O edifício atual da junta e o edifício da estação dos correios seriam demolidos e colocados no limite do parque de estacionamento, contemplando um edifício moderno. Seria construído um parque subterrâneo, que serviria de suporte a uma praça, aberta, arborizada e que pudesse ser ponto de encontro para as pessoas. Não se avançou para a obra. Nos tempos do eng.º Fernando Caçoilo, esteve em cima da mesa um projeto que reformulava o troço compreendido entre o cruzamento da Rua Prior Guerra e o Cruzamento das Caçoilas, onde a via passaria a ser de sentido único, com uma zona envolvente, pedonal, arborizada, com uma iluminação adequada e renovada, nu­ma plataforma elevada para os peões circularem livremente. Não se avançou para a obra. No tempo vigente do presidente João Campolargo nada se sabe, apesar de algumas informações avulsas, mas parece que em relação ao último projeto o mesmo foi abandonado ou deixado na gaveta. Para se fazer qualquer tipo de obra mais relevante na Gafanha da Nazaré são necessários muitos anos para tomar a decisão, muitos anos para elaborar o projeto e depois a execução dessa obra só se concretizará se houver dinheiro de fundos comunitários. Os diferentes executivos camarários dos últimos 26 anos viveram sempre com a imposição dos fundos comunitários para a regeneração urbana só poderem ser aplicados na sede do concelho. No entanto, nunca olharam para as outras freguesias como tinham de olhar. Temos esperança que num futuro próximo e com um olhar diferente se atribua à Gafanha da Nazaré o valor e a importância que lhe é devida.

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