Dois liquidatários judiciais, um de 79 anos e o outro com 47, vão responder no Tribunal de Coimbra pelo crime, em co-autoria, de peculato, por apropriação de verbas no processo de falência da fábrica Argus, situada em Ribeira de Frades. O mais novo, advogado, que já foi condenado num caso idêntico, está ainda acusado de outro crime de peculato no âmbito da liquidação judicial da antiga cerâmica.
É preciso recuar ao tempo do escudo para contextualizar a acusação. Em 1995 foi decretada a falência da cerâmica Argus, sendo nomeado liquidatário o arguido mais velho, mas com o mais novo a acompanhar o processo. Três anos depois, a Direcção-Geral do Tesouro emitiu um cheque de um crédito da empresa falida, de mais de 80 milhões de escudos (80 mil contos, aproximadamente 408 mil euros), à ordem do Tribunal, que o entregaria depois ao liquidatário.
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