Jornal defensor da valorização de Aveiro e da Região das Beiras
Fundador: 
Adriano Lucas (1925-2011)
Diretor: 
Adriano Callé Lucas

Entrevista a Pedro Passos Coelho: “O Governo do PS é um governo de contra-reforma”


Quarta, 20 de Janeiro de 2016
Posição Pedro Passos Coelho reclama o mérito de ter começado a reformar o país a sério e diz recear que o Executivo de Costa desfaça o que de bom foi feito. Presidente do PSD fala “deriva radical” do PS Alberto Oliveira e Silva Diário de Aveiro: O facto de estar, agora, na oposição implica um novo olhar sobre o país? Passos Coelho: O PSD não passou a olhar para o país de uma forma diferente por estar agora na oposição. Temos uma vistão estratégica, que, numa primeira fase, executámos em circunstâncias muito adversas, que obrigaram a políticas de consolidação orçamental muito fortes. Mas não deixámos de implementar uma estratégia de alteração estrutural que permitiu a recuperação económica, uma abertura maior da nossa economia, um reforço da nossa capacidade competitiva para atrair investimento… Estas reformas não foram concluídas e o PSD vai mantê-las no seu discurso. Representam a visão que temos para futuro, exigindo dos poderes públicos e da sociedade civil um comportamento empenhado e determinado, para que o país possa realmente mostrar capacidade para crescer e para criar emprego como não teve nos últimos 15 ou 20 anos. Mas estar na oposição implica, necessariamente, uma postura diferente... Uma vez que um governo é que pode executar medidas, na oposição, cabe-nos preparar o programa, que, num futuro próximo, possa constituir um motivo de confiança e de esperança. Não estaremos apenas à espera de que o actual Executivo falhe; teremos de mostrar a nossa visão, que, no essencial, não mudou, mas que, à medida que o tempo vai passado, precisa de ser actualizada e de ser transmitida de uma forma que as pessoas sintam mobilizadora. Quais são os vectores mais importantes dessas reformas ainda por fazer? É preciso completar a reforma do Estado. Não quer dizer que ao longo dos últimos anos não tivéssemos feito já bastante em matéria de reforma da administração pública e de reforma de infra-estruturas públicas. Temos hoje uma administração mais célere e equilíbrio nas contas públicas. Os hospitais não têm o mesmo nível de endividamento que tinham há uns anos e as escolas têm um processo de consolidação muito maior. Fizemos uma grande reforma na área da justiça; iniciámos uma reforma muito profunda nas Forças Armadas e na Defesa Nacional. Houve uma evolução muito positiva, mas é preciso ir ainda mais longe.
Leia a notícia completa na edição em papel.

Suplementos


Edição de Hoje, Jornal, Jornais, Notícia, Diário de Coimbra, Diário de Aveiro, Diário de Leiria, Diário de Viseu