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Documentário lembra os portugueses que morreram na pesca do bacalhau


Quarta, 02 de Novembro de 2016
Ninguém sabe ao certo quantos portugueses terão perdido a vida enquanto trabalhavam na pesca do bacalhau. Estima-se que terão morrido um em cada 1.000 homens que andavam nos grandes bancos de pesca a capturar o “fiel amigo” – a uma média de seis por ano. Alguns terão sido sepultados em locais longínquos, como a Terra Nova ou a Gronelândia, outros simplesmente desapareceram nas águas do mar. Homens que jazem “A um mar de distância” e que são, agora, evocados num documentário, com esse mesmo nome, realizado por Pedro Magano e escrito pelo jornalista Abel Coentrão. A película tem estreia nacional marcada para esta sexta-feira, no Museu Marítimo de Ílhavo, com a presença do realizador. “A um mar de distância” parte de uma história em particular, a de Dionísio Esteves – pescador de Vila Praia de Âncora - para lembrar todos aqueles que ficaram para trás, “resgatando-os de volta a casa, ‘numa espécie de de trasladação da memória’”, refere a sinopse do documentário. E quem foi Dionísio Esteves? Muitos de nós já ouvimos falar dele há cerca de um ano – por ocasião da inauguração do monumento de homenagem aos portugueses mortos na pesca do bacalhau, no cemitério de St. John´s, na Terra Nova (um memorial que conta com a assinatura do artista plástico ilhavense António Neves) -, mas aqui fica a lembrança: Dionísio Esteves foi um dos marinheiros que integrou a tripulação do navio Santa Maria Manuela, em 1966, tendo falecido durante a viagem, com apenas 26 anos. O seu funeral acabou por ser filmado por um realizador canadiano, que filmava o documentário “The White Ship”, a bordo do Santa Maria Manuela.
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