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«Aquilo que queremos comunicar é o Centro de Portugal»

Anabela Freitas, vice-presidente da Turismo Centro de Portugal, fala num posicionamento diferente na BTL, mais dinâmico e capaz de atrair visitantes ao “stand”. O objetivo é vender toda uma vasta região que, no ano passado, bateu recordes de turistas e cresceu acima da média nacional

Diário de Aveiro: A Turismo do Centro tem ti­do a capacidade de inovar na BTL - Better Tourism Lisbon Travel Market. Qual é a estratégia este ano?
Anabela Freitas: Este ano quisemos dar um “input” diferente ao nosso “stand” e dar-lhe mais visibilidade e notoriedade. Vamos ficar exatamente no mes­mo local onde temos ficado nos anos anteriores. O que quisemos foi apostar muito naquilo que são as redes colaborativas que temos na Região Centro. Todos os PROVERE - foram aprovados este ano 11 na Região Centro - irão estar representados no “stand”, e isto é importante porque acabam por se interligar. As aldeias de xisto interligam-se com as aldeias históricas, com o queijo, com o vinho, com as termas... Relembrar que a BTL, para nós e como nós a encaramos, enquanto setor de atividade económica, é essencialmente para os profissionais. Estamos a vender produto. Ali têm uma mostra daquilo que são os produtos endógenos e as redes colaborativas, porque, efetivamente, essa é uma das grandes marcas distintivas da Região Centro. Aumentámos também o espaço para negócio, o B2B, para termos cada vez mais empresas representadas, e fizemos uma ligação en­tre a­quilo que é a Entidade Regional do Centro e a Agência Regional de Promoção Externa (vamos estar no mesmo espaço). Aquilo que queremos comunicar é o Centro de Portugal, independentemente de estarmos a comunicar para o mercado interno ou externo. Os pro­dutos do Centro de Portugal são os mesmos, independentemente do mercado a que se destinam. Vão estar presentes as oito Comunidades Intermunicipais (CIM) e aqui fizemos uma alteração àquilo que tem sido nos úl­timos anos. Convidámos as CIM a optarem por estar com presença física ou digital. No pavilhão 2, muitas das CIM têm o seu “stand” próprio, assim como alguns municípios, e, portanto, reconhecemos que é um esfor­ço grande manterem presença nos dois pavilhões. E no espaço em círculo onde irão estar as CIM, criámos uma zona de divulgação dos festivais da Região Centro. Vamos fazer uma “silent party” nesse espaço para os divulgar, porque também é uma marca nossa en­quan­to destino de grandes e­ven­tos. Teremos também um espaço dedicado ao Rally de Portugal. A edição des­te ano agregou mais três concelhos, e, portanto, mais etapas irão ser feitas no nosso território. E vamos ter dois momentos significativos.

Que são…
Temos estado a trabalhar com a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo e com a Extremadura, de Espanha, e vamos apresentar uma parceria transfronteiriça, que já divulgámos na FITUR. É a cooperação entre estas três regiões de turismo. Portugal e Espanha juntos são a maior plataforma turística que existe e há que trabalhar em conjunto, sendo que o mercado espanhol também é o maior emissor para nós. Va­mos apresentar este programa que es­tá, nes­te primeiro pas­so, a­li­cer­çado na gastronomia e nos vinhos. Ca­da uma destas regiões leva os seus chefs e harmonizamos com os vinhos da região. Vamos fazer demonstrações, com uma refeição completa, sendo que ca­da um dos pratos - entrada, prato principal e sobremesa - e o vinho serão da responsabilidade de uma região. Vamos fazer essa a­pre­sentação pública pela pri­meira vez em Portugal.

E qual é o objetivo desta parceria?
Nesta primeira fase, porque aqui também está envolvida a ARHESP do lado de Portugal, é criar circuitos baseados na gastronomia e roteiros gastronómicos que liguem as três regiões. A conetividade entre as regiões é muito importante e está bastante bem encaminhada para existir uma ligação de au­tocar­ro entre Cas­telo Bran­co e Cáceres, por e­xem­plo, que depois deriva para outras zonas. E é is­so que nós pre­tendemos.
Va­mos começar pe­la gastronomia, porque foi aquilo que nos pareceu que era mais fácil neste momento pôr em prática, mas estão já identificadas outras á­reas, nomeadamente patrimoniais: património religioso, que é importante para estas á­reas: património natural, natureza, geoparks, parques de natureza e tudo aquilo que é o turismo de natureza nas diversas vertentes, como “birdwatching” ou “dark sky”. Também a questão templária, que estamos a estruturar do lado de Portugal, mas que também tem uma presença muito forte em Espanha e na região do Alentejo.

Qual é o outro momento significativo?
O outro continuamos na gastronomia. Tem a ver com um projeto, só da região Cen­tro, que é os Sabores ao Cen­tro, que já foi apre­sen­ta­do na FI-
TUR, em Madrid. O que pre­ten­demos é criar vários momentos. Há sem­pre um objetivo final que temos no turismo, que é aumentar a permanência dos turistas na região e as receitas. Um dos pilares des­te Sabores ao Centro é a criação de pré­mios de reconhecimento pelo trabalho e, neste âmbito, vamos ter oito restaurantes, porque são oito CIM. Por e­xemplo, o melhor restaurante que utiliza os produtos endógenos; o restaurante que tenha a maior inovação entre aquilo que é cozinha tradicional e cozinha de inovação... Porque temos boas escolas de hotelaria no território, queremos envolver também a academia. Portanto, queremos, todos os anos, premiar aqueles que mais se destacam na gastronomia do nosso território. O segundo objetivo des­te projeto - para dar resposta àquilo que pretendemos, que é aumentar a permanência - é criarmos um roteiro de todos os eventos gastronómicos que existem na Região Centro, que estarão numa plataforma. E nós temos imensos. E, depois, termos também uma estratégia comum de promoção de todo este programa. O impacto é muito maior se comunicarmos a região do que estar cada even­to a comunicar por si. Queremos ter uma campanha forte de marketing “em cima” deste produto que é os Sabores ao Centro. Na BTL vamos fazer a apresentação, que tem um momento de degustação e um jantar em que o que foi solicitado é que só se pode cozinhar com produtos da Região Centro de Portugal. Há outros momentos na BTL, mas um em particular, que é diferenciador em relação ao que temos feito, para atrair mais pessoas para o nosso “stand” - um conjunto de privados que oferece “vouchers” pa­ra ir ao território. Houve um aumento significativo do número de privados que aderiu a esta iniciativa, mas o nosso “stand” vai servir, também, co­mo polo de gravação de “podcasts”, de diretos, e já há uma parceria com uma produtora e com um canal de televisão. Isso vai atrair visitantes. Este ano tivemos o cuidado de ter apresentações diferentes no auditório, com outra dinâmica.

Esta nova di­nâmica que tentam imprimir no espaço pretende combater uma certa falta de entusiasmo que se vinha notando?
Eu acho que sim. Foi essa avaliação que fizemos. Entendemos que temos que dar um outro impulso. E muitas coisas estiveram em cima da mesa. No final desta edição iremos fazer a avaliação. Porque não é fácil, o nosso destino é tão grande, tão diverso, e, às vezes, confunde-se um pouco aquilo que é promoção turística. A BTL é uma feira de turismo, é para negócio, promoção turística... Às vezes o marketing territorial mata a promoção turística e nós temos que fazer o equilíbrio. É nesses jogos de equilíbrio que vamos tentando que o nosso pavilhão atraia mais pes­soas e cumpra o seu objeti­vo de ser uma plataforma de promoção turística e de negócio.

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Março 12, 2025 . 19:26

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