
PS propõe novas políticas sociais para a Câmara de Aveiro
Para uma «reflexão ancorada na realidade» e «substanciar propostas políticas» relativas à coesão social, o candidato do PS, nas próximas autárquicas, a presidente da Câmara de Aveiro, Alberto Souto, convidou especialistas e apresentou ontem várias ideias no segundo de 12 “Encontros Temáticos” a realizar até julho próximo, sendo um objetivo atingir o «zero em lista de espera nas creches e infantários», disse, a abrir a sessão.
«Porque não construir creches em zonas industriais?», questionou, o que possibilita ter os filhos junto dos locais de trabalho dos pais.
Há outros grupos, dos seniores, com capacidades de mobilidade e cognitivas reduzidas, sugerindo antecipar as necessidades. «Temos respostas suficientes?», designadamente, de camas em lares, perguntou. E, para os que se encontram no mesmo grupo etário, entre os 65 e 85 anos, os «novos velhos autónomos», sugere «políticas de intergeracionalidade». Estes fazem parte dos «problemas novos», como a redução da natalidade, aumento dos seniores e dos imigrantes. «Temos de ter respostas, ir ter com eles e integrá-los», disse o candidato.
Com 80.027 habitantes em Aveiro, mas com tendência de aumento, Leonardo Costa, especialista em políticas públicas, disse que o número de imigrantes em Aveiro situa-se agora nos cerca de dez mil. Rosa Madeira, investigadora em inclusão, cidadania e direitos das crianças, apontou para os territórios e pessoas «invisíveis, fora do radar» que não constam dos programas de intervenção social e outras questões, como a falta de continuidade do projeto “Bairros Saudáveis”, a «racialização nas escolas» e a «sociedade adormecida para os problemas».
Maria José Madeira, coordena da Rede Europeia Anti-pobreza, sugeriu uma «estratégia local», considerando casos de pessoas que «vivem com menos de 630 euros» e as que «trabalham mas que são pobres».