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Operação da câmara e da AdRA procura fonte emissora de esgotos clandestinos

A rede de águas pluviais na Quintã do Loureiro, em Cacia, gerida pela Câmara de Aveiro, está sob invasão de esgotos clandestinos. A AdRA gere o saneamento e a autarquia espera uma ação conjunta para descobrir a origem

Câmara de Aveiro espera descobrir, num trabalho com a empresa Águas da Região de Avei­ro (AdRA), a fonte emissora de esgotos domésticos clandestinos que estão a ser despejados na rede de águas pluviais, na Quintã do Loureiro, em Cacia.
O presidente da câmara, Ribau Esteves, espera desenvolver es­ta operação, tal como disse, ontem, ao Diário de Aveiro, no sentido de descobrir a fonte e atuar junto das pessoas responsáveis pelo uso indevido da rede, com a emissão poluente no sistema.
Nas imediações da Rua do Campo, no limite da zona urbanizada de Cacia, uma tampa de canalização da rede das águas pluviais levanta-se com a pressão dos esgotos, inundan­do um terreno de cultivo vizinho. Carlos Santos está preocupado com o que se passa, pelo menos desde o final do ano passado.
Desde há mais tempo soltam-
-se outras tampas na Rua do Campo, «quando chove muito», sendo outra questão que o preocupa.
Esgotos impedem
a sementeira deste ano
O esgoto que vai para as suas terras preocupa-o, especialmente porque estava a pensar em voltar, este ano, a semear milho e erva, mas este esgoto a invadir o terreno está a fazer-
-lhe mudar de ideias.
Pelo menos, este ano não irá fazê-lo se o problema não for resolvido.
No terreno vizinho pastam cavalos, mas Carlos Santos não os vê a comer onde o esgoto chega, o que o leva a concluir de forma mais consistente que o que está a acontecer não é nada bom.
Perante o caso, o presidente da câmara, Ribau Esteves, disse ao Diário de Aveiro que o assun­to será tratado em conjunto com a AdRA, dadas as respon­sa­bilidade que tem no que respeita à gestão do saneamento, enquanto a autarquia responde pela rede de águas pluviais.
Se há «má utilização da rede» (de águas pluviais) avançará uma «operação conjunta», com técnicos da autarquia e da empresa, segundo Ribau Esteves.
O Diário de Aveiro questionou ainda a AdRA, que também desconhece a origem do despejo, embora não se tenha referido a uma ação conjunta a desenvolver com a autarquia aveirense

Fevereiro 26, 2025 . 08:00

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