
Classificação da Ponte do Vouga será um passo para a obra de reabilitação
Foi aberto, ontem, o procedimento de classificação de âmbito nacional da Ponte do Vouga, sobre o Rio Vouga, em Águeda. Uma estrutura que desabou, parcialmente, em 2011, mas que tem merecido um interesse generalizado pela sua recuperação.
Localizada na freguesia de Macinhata do Vouga e União das Freguesias de Trofa, Segadães e Lamas do Vouga, em Águeda, o procedimento, publicado em Diário da República, resulta de uma proposta do Departamento dos Bens Culturais do instituto Património Cultural, responsável pela gestão do património cultural em Portugal continental. Esta ponte encontra-se em vias de classificação, assim como os imóveis localizados na zona geral de proteção, a 50 metros contados a partir dos limites externos da ponte
Em declarações anteriores ao Diário de Aveiro, o presidente da Câmara de Águeda, Jorge Ferreira, dizia que «a recuperação da ponte com fundos exclusivamente municipais afigura-se como um peso incomportável para o orçamento municipal».
O autarca referia-se a uma classificação sem a qual não há acesso a candidaturas e apoios financeiros. É que, segundo o autarca, «o objetivo deste pedido de classificação prendia-se, precisamente, com a necessidade de encontrar fundos para realizar uma intervenção de fundo na ponte».
Esta ponte, que no século XVI passou a unir as duas margens do Rio Vouga, nas freguesias de Lamas e Macinhata do Vouga, em Águeda, ruiu em 2011 e passou a ser a imagem de uma estrutura partida a meio. Ruiu cerca de um ano depois de ser encerrada ao trânsito.
Foi construída no século XIII para servir a então Vila do Vouga e a mais antiga referência a ela são dois legados testamentários, um de 1239 e outro de 1245, que referem a ponte que servia a “estrada real” de ligação do Porto a Coimbra, aproveitando parcialmente a antiga estrada romana.
As freguesias continuam unidas, embora a maior distância por outra ponte, no IC-2. |