
Club Pardilhoense representa a união e tradições da região
Em entrevista ao Diário de Aveiro, o presidente Vasco Santos e os associados Manuel Ramos e Jorge Valente destacaram a importância do clube na vida da comunidade e os desafios que enfrentam para garantir a sua continuidade.
Manuel Ramos, com uma ligação de 70 anos ao clube, relembrou os tempos áureos entre as décadas de 1950 e 1980, quando a coletividade recebia grandes nomes do teatro e da música nacional. «Hoje, embora o cenário cultural tenha mudado, o clube mantém a sua missão de proporcionar atividades culturais e recreativas, incluindo teatro, concertos, bailes e eventos tradicionais». O presidente Vasco Santos enfatizou a necessidade de atrair as gerações mais jovens para o associativismo e de continuar a dinamizar o espaço. «Queremos manter as portas abertas e trazer mais vida ao clube, sempre com novos projetos e eventos para a comunidade», afirmou.
No entanto, reconhece que há desafios, sobretudo financeiros, para manter a infraestrutura e viabilizar novas iniciativas. Além da programação cultural diversificada, o Club Pardilhoense destaca-se pelo envolvimento ativo da sua comunidade, contando atualmente com cerca de 50 músicos na banda, 30 alunos na escola de música e mais de 20 elementos na direção e órgãos sociais.
A participação voluntária é essencial para a realização dos eventos e para a manutenção do espaço, que enfrenta desafios como os custos operacionais e a necessidade de reabilitação do edifício. No entanto, como afirmou Jorge Valente, a resposta da comunidade tem sido fundamental. «Sempre que foi necessário, o público ajudou, e é isso que nos motiva a continuar, sabendo que esta casa pertence a todos».
Apesar das dificuldades, o espírito de união da comunidade tem sido um pilar fundamental para a sobrevivência do Club Pardilhoense. O apoio dos próprios associados é essencial para garantir que esta casa histórica continue a ser um ponto de encontro cultural e social. Com novos projetos em vista, o clube pretende modernizar-se e adaptar-se às exigências atuais, sem perder a sua identidade e o seu legado.