
“Bonecos” da Red Cloud em cena em Aveiro
O espetáculo “Bonecos”, da companhia de marionetas sediada em Aveiro, Red Cloud, está em cena desde o passado dia 5. As escolas e grupos têm até ao dia 21 para conhecerem as histórias destes animais que viviam juntos na mesma aldeia. Já para as famílias, há duas sessões marcadas, uma no dia 15, às 17 horas, com interpretação em Língua Gestual Portuguesa, e outra no dia 16, pelas 11 horas.
As reservas podem ser feitas através do “email” prod@red
cloudmarionetas.com ou pelo 910 747 585 (chamada para rede móvel nacional).
Sobre este espetáculo, a sinopse conta que «há muitos anos, quando os animais moravam juntos na mesma aldeia, muitos mascaravam-se de humanos, para fugir aos homens caçadores, e havia humanos que se transformavam em animais, para se esconderem de outros predadores, como o lobo, e assim atacarem melhor as presas. É preciso ter muito olho, ainda hoje, para saber se a raposa à nossa frente é mesmo uma raposa ou se pelo contrário é uma pessoa disfarçada de raposa. Ou até mesmo uma raposa disfarçada de pessoa!». Tal como os contos tradicionais desempenham um papel essencial no desenvolvimento da criança, em “Bonecos” o espetáculo multiplica-se em narrativas interligadas que compõem a viagem. O cruzamento e a vivência dos próprios arquétipos traduzem-se num processo de transformação da personagem central. Terá sido, de alguma forma, um ritual de passagem. «A menina percorre várias estórias que habitam o imaginário tradicional africano. Ela tem por hábito ver documentários da vida selvagem dos animais. Naquele dia, sente o apelo da selva no seu interior e parte para uma viagem à caça de histórias. Atravessa o mar, passa o norte de África, atravessa o deserto do Saara, à noite, cruza a região do Sael e chega ao lugar desconhecido, onde crescem as árvores contadoras de histórias. O que ela via nos documentários nada tem a ver com o que ela vivencia nessa viagem».
“Bonecos” é uma produção da Red Cloud Teatro de Marionetas, em co-produção com o Teatro Aveirense e apoio da DGArtes. Criada por Sara Henriques, Rui Rodrigues, Quico Cadaval e Jorge Louraço Figueira, conta com a encenação de Quico Cadaval. O texto é de Jorge Louraço Figueira e a interpretação e manipulação cabe a Sara Henriques. As marionetas, adereços, ilustração e desenho de luz são de Rui Rodrigues, sem esquecer a música, que é original e da autoria de António Justiça.