
Associação Cultural celebra 50 anos “de cara lavada”
Combinámos às 18 horas no Pavilhão Gimnodesportivo da Associação Cultural de Salreu (ACS). E à hora marcada lá estava Lino Valente, fazendo questão de mostrar à nossa reportagem, ainda antes de entrarmos no edifício, a recente pintura exterior, incluída nas obras de reabilitação, levadas a cabo em 2024.
Para além do exterior, «também o interior foi pintado, os vidros das janelas foram substituídos e os balneários foram melhorados, o que só foi possível graças ao projeto apoiado pela Câmara de Estarreja», disse o presidente da direção, adiantando que tudo isto custou 66 mil euros. «Setenta e cinco por cento foi suportado financeiramente pelo município, uma parte pela Junta de Salreu e cerca de 16 mil euros pela própria ACS, disse. Seguir-se-á uma nova intervenção, desta feita a nível do telhado, que rondará os 50 mil euros. Mas, para isso, «teremos de poupar dinheiro durante mais dois, três anos», disse o dirigente, que no final deste ano completa o segundo mandato à frente do órgão diretivo e que, antes, já havia liderado a assembleia-geral.
Emigrantes contribuíram para erguer a obra
A ACS nasceu em abril de 1975, fruto da vontade de alguns salreenses de unir o Grupo Coral de São Martinho de Salreu ao grupo de teatro e algumas modalidades desportivas (ping pong e futebol de salão).
Durante muitos anos, o fundador, Manuel Figueira, «manteve viva a obra para toda a comunidade, numa freguesia onde pouco ou nada existia, com grandes festas, bailaricos e “réveillons”, no denominado Salão do Emigrante, «em honra de todos os emigrantes da terra, que em muito contribuíram para que a grande obra se erguesse».
Ao longo dos tempos, foram várias as modalidades desportivas que fizeram brilhar o nome da ACS, bem como “rechearam” o seu espólio com taças e medalhas. Falamos do hóquei em patins, atletismo, basquetebol, andebol, que entretanto a agremiação deixou de ter. Atualmente só tem futsal, com escalões desde os benjamins até aos seniores, integrando 110 atletas, e patinagem artística, com uma equipa já com 40 elementos.
Em termos culturais e recreativos, a ACS conta com o grupo carnavalesco Os Viscondes, composto por 70 foliões, «que com toda a sua criatividade tem trazido mais troféus para engrossar o espólio».
Para além disso, engloba também o Grupo Motard Samaritano (ver texto ao lado) e as turmas de Zumba e Dança do Ventre.
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