
Comunidade de energia renovável da Sanjotec servirá 40 famílias e negócios
A Sanjotec vai acolher uma comunidade de energia renovável (CER), com a qual tem a ambição de ajudar 40 famílias e negócios, poupando 700 mil euros em 30 anos e evitando que 80 toneladas de dióxido de carbono sejam lançadas para a atmosfera.
Segundo revelou a Câmara Municipal de São João da Madeira, famílias, empresas e outras instituições poder-se-ão associar à parceria estabelecida entre aquele Parque de Ciência e Tecnologia local e a empresa de tecnologia climática Cleanwatts.
O objetivo é que possam beneficiar da energia captada nos edifícios da Sanjotec com recurso a mais de 500 painéis fotovoltaicos, dispostos por uma área de aproximadamente mil metros quadrados.
O presidente do executivo sanjoanense, Jorge Vultos Sequeira, recordou que a iniciativa resulta de um concurso público promovido pela autarquia e, em declarações à agência Lusa, enfatizou que essa CER «posiciona o concelho na vanguarda da transição energética e demonstra como os setores público e privado podem trabalhar juntos para beneficiar o ambiente e a região».
Referindo que o projeto pode integrar parceiros instalados num raio de quatro quilómetros, disse esperar que a estrutura possa entrar em funcionamento ainda em 2025, mas realçou que esse arranque efetivo dependerá das burocracias a que o processo de licenciamento de uma comunidade de energia está sujeito.
Maria João Benquerença, diretora do departamento de Comunidades de Energia Renovável da Cleanwatts, sublinhou que este formato de consumo coletivo, a partir de um parque de ciência e tecnologia, é inédito no país e provará que essas estruturas de partilha de energia solar «podem ser implementadas em diversos contextos, estimulando a inovação e a sustentabilidade».
Os interessados em aderir à anunciada Comunidade de Energia Renovável de S. João da Madeira devem manifestar a sua disponibilidade à Sanjotec, sendo, posteriormente, analisadas as condições da sua residência, empresa, coletividade ou instituição para integrar a rede.
Segundo adiantou, ainda, a empresa Cleanwatts, um agregado familiar tradicional poderá poupar, por exemplo, «mais de 20 mil euros» no decurso de 20 anos.