Gerson Batista estreia “A árvore da vida”

É uma peça que «combina várias formas de criação/expressão numa só, como a interpretação teatral, a pintura, a poesia, a instalação, música digital e acústica, e que mistura a fantasia com a realidade, numa performance ao vivo», explica o músico, acrescentando que tudo gira em torno de «Luisinsky, um personagem fictício,  jovem de origens rurais humildes, que aspira a se tornar um pintor e mudar o mundo através da criação de uma pintura mística com o poder de encantar os espetadores e influenciar os seus pensamentos. A sua jornada leva-o para a cidade, onde mergulha em pesquisas, viagens e estudos. Após anos de dedicação, tem um sonho sobre uma “pintura mágica”, com propriedades místicas e o poder de influenciar qualquer um. Percebe o potencial da pintura para criar um mundo utópico, e o perigo que ela representa-
-se mal utilizada».
Foi neste pensamento que se inspirou para criar a peça, e na sua mãe, que se chama Luísa, «daí o nome de Luisinsky, que vem de “Luisa in sky” (ou seja, Luísa no céu)».
A peça pretende celebrar diferentes meios de expressão, mostrando o poder transformador das artes por meio da jornada de Luisinsky e da integração multidisciplinar, combinando várias formas de arte para criar uma experiência narrativa coesa e envolvente, envolvendo a comunidade por meio de exibições e performances públicas, e explorando algumas dualidades da existência humana, refletindo sobre a natureza dual da vida urbana e rural, simbolizada pela “Árvore da vida”.
A obra foi criada ao longo dos últimos dois meses em Valladolid, resultante de uma residência artística do programa CreArt 3.0, que consiste numa matriz composta por 13 cidades europeias (do qual Aveiro faz parte), que desde 2012 trabalha trocando experiências e boas-
-práticas para promover a arte contemporânea. Isso é feito por meio de um programa permanente de mobilidade transnacional para artistas, curadores e agentes culturais.