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«Embaixadores» do arroz de Estarreja

Setenta e seis confrades foram entronizados, ontem de manhã, no decorrer do I Capítulo da Confraria do Cultivo de Arroz, em Estarreja. Têm por missão promover o arroz produzido no concelho estarrejense, bem como as suas 1.001 maneiras de confeção

Os confrades serão «embaixadores do município e do arroz» e a recém-formada Confraria do Cultivo de Arroz em Estarreja (CCAE) «uma espécie de Ministério dos Negócios Estrangeiros», disse Diamantino Sabina, presidente da câmara municipal e também um dos confrades de honra entronizados no I Capítulo, que trouxe re­presentantes de congéneres de várias partes do país à cidade. Até confrades da Guia (Algarve) vieram até Estarreja para testemunhar este «momento histórico para a nossa confraria», segundo disse o chanceler-mor, José Alberto Marques.
Tal como ele, mais 75 confrades (no total, 15 de honra e 61 fundadores) têm como missão promover o arroz produzido em Estarreja, as mil e uma maneiras de confecionar pratos de arroz e levar o nome de Estarreja além-fronteiras. A ideia é, como o edil estarrejense defendeu, «fazer com que o arroz volte a ser um ícone identitário do concelho».
Nem todos estiveram presentes na sessão que se realizou nos Paços do Concelho na manhã de ontem, mas os que marcaram presença prometeram, entre outras coisas, «comer arroz» e, depois disso, brindaram, como seria de esperar, igualmente, ao arroz.

Ligação ao Museu Fábrica da História - Arroz
O renascimento dos cultivos de arroz em Salreu e Canelas, a recuperação da antiga Fábrica do Descasque do Arroz e um tio que lá trabalhou foram o mote para José Alberto Marques avançar para a criação da CCAE, cujo «logótipo é, precisamente, a máquina de fabrico artesanal de descasque do arroz», que se encontra no museu e que fora «doada pela afilhada do seu construtor».
Este projeto inédito, «onde a realidade do cultivo de arroz se mistura com a história da antiga fábrica» do descasque do arroz é, acima de tudo, «uma homenagem ao passado e presente dirigida a todos os atuais e antigos trabalhadores».
A ligação ao Museu Fábrica da História - Arroz é, pois, «inevitável, cumprindo assim o ru­mo da história de Estarreja, na projeção gastronómica do nos­so arroz, localizado numa região de excelência como o Bai­xo Vouga Lagunar». Este, através da CCAE, «irá ser promovi­do e divulgado desde o seu cultivo e descasque, terminan­do na confeção de pratos salga­dos e doces, com a preocupação da imagem e inovação». Is­to, com a ajuda de «cursos profissionais de cozinha». Aliás, o almoço de ontem esteve a car­go do Curso Profissional Té­c­nico de Cozinha e Pastelaria da Escola Secundária de Estarreja.

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