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Pelo menos 40 famílias desalojadas em Albergaria-a-Velha

De acordo com o presidente do município albergariense, António Loureiro, contabilizaram-se, até ao momento, 39 famílias que viram a sua habitação destruída, total ou parcialmente, pelas chamas

O incêndio que lavrou nos últimos dias no concelho de Albergaria-a-Velha deixou desalojadas pelo menos 40 famílias e causou danos em seis empresas, informou hoje aquela autarquia do distrito de Aveiro.

Num primeiro balanço feito à Lusa, o presidente da Câmara de Albergaria-a-Velha, António Loureiro, disse que até às 13:00 os serviços camarários já tinham contactado 39 famílias que foram afetadas pelos incêndios.

“Destas 39 famílias, 34 estão em casa de familiares, duas em casa de amigos, uma numa casa cedida e duas famílias em parte da casa que não ardeu”, referiu o autarca, adiantando que há ainda uma outra família que se encontra hospitalizada.

O presidente da Câmara disse ainda que, no mesmo período, já tinham sido contactadas seis empresas afetadas, umas que foram destruídas totalmente e outras parcialmente, sendo que estas últimas ainda mantêm a laboração de uma forma condicionada.

“Até à data, em termos de acompanhamento, já iniciámos o processo com estas famílias e empresas afetadas, mas há mais. É mais do dobro”, admitiu o autarca, adiantando que este trabalho irá continuar nos próximos dias.

O incêndio de Albergaria-a-Velha deflagrou na segunda-feira e entrou na fase de resolução na quarta-feira, tendo causado duas mortes, "um idoso que sofreu um enfarte e um colaborador de uma empresa que estava a combater as chamas e acabou por ficar carbonizado".

No balanço do primeiro dia de combate às chamas, o presidente da Câmara contabilizava cerca de cinco mil hectares de área ardida e mais de 20 habitações afetadas pelas chamas, três armazéns, um escritório e dois stands de automóveis.

Sete pessoas morreram e cerca de 120 ficaram feridas devido aos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabiliza cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam perto de 76 mil hectares.

Segundo a ANEPC, às 13:30 de hoje, estavam ativos 18 incêndios, que mobilizavam 1.642 operacionais, 509 meios terrestres e 20 meios aéreos.

O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e sexta-feira dia de luto nacional.

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