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Vento complicou combate em Águeda e situação voltou a descontrolar-se

Combate às chamas em Águeda voltou a descontrolar-se devido ao vento. «Pequenos focos de incêndio tornaram-se grandes incêndios», afirmou o autarca municipal

O incêndio que lavra em Águeda, distrito de Aveiro, complicou-se durante a noite, com a alteração do vento e reacendimentos, e ao início da manhã de hoje a situação estava novamente descontrolada, segundo o presidente do município.

Em declarações à agência Lusa ao início da manhã, o presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida, disse que o incêndio rural se “complicou extraordinariamente” - com a alteração do vento e os reacendimentos, "pequenos focos de incêndio tornaram-se grandes incêndios”.

“Neste momento temos o incêndio novamente descontrolado”, disse o autarca, explicando que o fogo “está muito próximo de núcleos urbanos e da própria cidade”.

A Lusa questionou o responsável sobre se tinha havido durante a noite necessidade de retirar pessoas de casas e Jorge Almeida disse estar ainda a recolher essa informação.

Em Águeda, foram ativadas cinco zonas de concentração de apoio à população e, segundo a Proteção Civil, estas estruturas realojaram na terça-feira 62 pessoas.

De acordo com um ponto de situação sobre o distrito de Aveiro feito pela Proteção Civil ao final da tarde de terça-feira, em Albergaria-a-Velha foram apoiadas 23 pessoas, em Águeda 33 e em Sever do Vouga seis.

Ainda nos incêndios do distrito, os que mobilizam mais meios, foram evacuados dois lares em Águeda, sendo as pessoas transferidas para as instalações da Santa Casa da Misericórdia local.

Os dados disponíveis na página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) indicam que, no total, abrangendo ocorrências em resolução e não significativas, pelas 08:30, estavam hoje no terreno 5.226 operacionais, cerca de 1.622 meios terrestres e 19 meios aéreos.

Sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Coimbra, Vila Real e Viseu, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas, como a A1, a A25 e a A13.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam 47.376 hectares.

O Governo já declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.

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