Bispo do Porto solidário com vítimas de “situação calamitosa”
O bispo do Porto, Manuel Linda, solidarizou-se hoje os que sofrem os efeitos da “situação calamitosa dos incêndios em Portugal”, em particular “os familiares dos mortos e feridos”.
Numa nota publicada na página da diocese na Internet, o prelado engloba na sua manifestação de apoio os que “veem desaparecer num instante as suas casas e bens que tanto custaram a ganhar; as autoridades e os bombeiros, cansados e exaustos por uma situação que se prolonga há já vários dias; os que os ajudam com os poucos meios que têm à mão”.
“Que ninguém se esqueça que, moralmente, a vida ou os bens retirados aos outros por causa do fogo posto tem a mesma gravidade que o homicídio ou o roubo”, avisa Manuel Linda, pedindo “que se colabore com as forças de segurança e policiais para a identificação dos pirómanos e dos incendiários que o fazem por maldade”.
Por fim, o bispo do Porto apela aos agentes pastorais “que observem de perto os dramas e intentem uma primeira ajuda ou solução, particularmente aos que perdem tudo”, apontando como exemplo “um ofertório específico para esse fim”, cuja autorização anuncia na nota.
Pelo menos sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo a região norte e centro do país. As mais recentes vítimas são três bombeiros que morreram hoje num acidente quando se deslocavam para um incêndio em Tábua, distrito de Coimbra.
Hoje, às 13:30, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registava 127 ocorrências, envolvendo mais de 5.400 operacionais, apoiados por 1.700 meios terrestres e 25 meios aéreos.
O Governo alargou até quinta-feira a situação de alerta devido ao risco de incêndios, face às previsões meteorológicas, e anunciou a criação de uma equipa multidisciplinar para lidar com as consequências dos fogos dos últimos dias, coordenada pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, que teve hoje a sua primeira reunião em Aveiro.