Os promotores da manifestação pela habitação acessível convocada para Aveiro para o próximo sábado, 1 de Abril, querem «enviar uma mensagem clara aos decisores políticos» sobre a necessidade de políticas públicas que facilitem a compra e o arrendamento por parte das famílias portuguesas, numa altura em que a situação no setor é «absolutamente insustentável» devido à escalada dos preços.
«O preço tem subido um pouco por todo o país e Aveiro é um dos sítios onde mais tem aumentado», assinalou ontem João Moniz, o porta-voz local do movimento Casa Para Viver, que no sábado fará concentrações simultâneas em várias cidades do país.
«Em Aveiro o preço por m2 desde 2015 subiu cerca de 150 por cento para compra e as rendas subiram cerca de 30 por cento, e essa subida não foi acompanhada de todo com uma subida dos salários. Estamos a criar uma situação de incompatibilização entre os salários e a habitação, quer para compra quer para arrendamento, o que está a criar problemas nos agregados familiares», avisa.
João Moniz sustenta que «a habitação tem um peso cada vez maior no rendimento das famílias e em situações extremas estamos a assistir a despejos» de pessoas que não conseguem suportar os custos do alojamento.