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Aveiro: À descoberta do mundo mágico de Celsus…


Carla Real (foto de Paulo Ramos) Terça, 07 de Fevereiro de 2023

Diário de Aveiro: Em que circunstâncias é que o seu percurso de criação, que envolvia vestuário e calçado, enveredou para os chapéus?
Celsus:
A determinada altura, tive que repensar a minha marca, porque a estratégia comercial não estava a resultar, em termos de vendas e de lojas. Eu produzia da cabeça aos pés, para homem e mulher; tinha uma panóplia de oferta e era muito difícil as lojas comprarem, porque, com a crise de 2010, tudo se estagnou e o volume de vendas parou mesmo. Estava a apresentar desfiles e isso gerou uma situação grave na marca, na medida em que continuava a investir e não obtinha retorno. Portanto, tive que repensar estrategicamente a marca para que tivesse sustentabilidade. Passei por um processo de reflexão que me permitiu perceber o que tinha e poderia oferecer de melhor.

E é aí que entram os chapéus… Como explica a pouca adesão dos portugueses ao uso deste acessório?
É um facto que as pessoas ainda não aderiram muito bem aos chapéus, mas é um processo evolutivo, que está bem encaminhado. É um artigo que está mais associado aos artistas e as pessoas não se sentem confortáveis em aparecer com algo diferente e um chapéu é isso mesmo, porque ninguém usa. Mas com a fast fashion, as grandes cadeias de marcas a implementar os chapéus no mercado de forma barata, estamos a perceber que as pessoas que tinham vergonha de usar, por dez euros compram um chapéu, experimentam e até gostam; e isso está a refletir-se nas vendas.

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