Paulo Jorge Ferreira tomou ontem posse, pela “última vez”, como Reitor da Universidade de Aveiro (UA), e, neste arranque para o seu segundo mandato, lançou um olhar para o que ficou para trás. “Quando comecei nem sonhava o que o futuro me reservava, mas o valor de uma comunidade vem ao de cima na adversidade”. Referia-se à ressaca de uma crise económica no período que o viu chegar, para logo ser apanhado por uma crise sanitária, e “agora temos uma guerra na Europa”. Portanto, o momento actual “é desfavorável à prospectiva”. No entanto, sabendo que “a economia actual se baseia no conhecimento, para nos reposicionar no futuro, precisamos de uma universidade forte”. O Reitor prevê o agravamento da crise demográfica, mas também lembra que “a procura da UA tem crescido porque atrai gente de mais longe”. Prevê, no entanto, uma quebra de talento de 7% nos próximos cinco anos e em 13% nos próximos dez anos.