A Associação de Apoio ao Imigrante (AAI), com sede em S. Bernardo, liderada por Lyudmila Bila, ucraniana, visada nos últimos dias pelos presidentes da Associação dos Ucranianos em Portugal, Pavlo Sadokha, e da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, como sendo uma organização pró-russa, desmente qualquer ligação ao país invasor da Ucrânia. Esta acusação atingiu várias associações que lidam com refugiados de guerra, uma das quais a de S. Bernardo, por, alegadamente, obterem e transmitirem ao Governo russo informações pessoais e dos familiares na Ucrânia, instalando, por isso, um clima de medo e insegurança.
Lyudmila Bila assegurou, ontem, ao Diário de Aveiro, que a AAI, criada em 2001,“não regista nem um refugiado”, apenas lhes transmite a forma de aceder ao Alto Comissariado para as Migrações (ACM), dizendo que não tem qualquer cópia de passaportes e nunca passou qualquer informação à embaixada e Governo russos. Para isso, diz, existem os Centros Locais de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM). Diz ainda que “não há provas concretas, não temos nenhum protocolo com entidades russas e, da Câmara, diz que “nunca recebeu dinheiro”, sendo financiada pelo ACM.