Com apenas quatro anos, Carlos André Paulo partiu com os pais, Hermínio e Maria Adelaide, para os Estados Unidos. Para trás, ficava a pequena aldeia de Meruge, avós, tios, primos, amigos e a tranquilidade da serra, «onde a vida parece correr a uma velocidade mais lenta».
«Foi um choque muito grande para mim. Custou-me muito», recorda. «Vinha de uma aldeia pequena do interior onde todos nos conhecíamos. Odiava a comida, fazia-me confusão os grandes centros comerciais e as auto-estradas. Sentia-me como o “crocodilo dundee”», graceja, ainda com um episódio que o marcou bem presente na memória: «lembro-me de tentar fugir de uma creche por não conhecer ou compreender ninguém».