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Sever do Vouga: Desactivadas há várias décadas, Minas do Braçal procuram uma nova vida


Domingo, 16 de Maio de 2021

Nos seus tempos áureos chegaram a trabalhar perto de mil pessoas nas Minas do Braçal. Desactivadas há longos anos, hoje mais não são do que um amontoado de ruínas meio perdidas no interior de um denso bosque a poucos quilómetros de Sever do Vouga. Não é fácil chegar a este antigo complexo mineiro. O acesso é feito por um caminho de terra batida e pedra muito irregular. Ir num carro ligeiro não é seguramente boa ideia – o Diário de Aveiro foi e deixa o aviso. A melhor opção é percorrer o trilho a pé ou de bicicleta, ou, quem puder, num veículo todo-o-terreno.
É uma bela experiência para quem gosta do contacto com a natureza. Naquele local do concelho há vários trilhos pedonais e cicláveis bem sinalizados e um conduz às antigas minas, por um caminho sinuoso que, entre subidas e descidas, vai acompanhando o formato do lugar.
Se hoje é um sítio quase esquecido, nem sempre foi assim. Teve outrora uma grande importância económica para Sever do Vouga e a região, nos melhores tempos desta extracção de chumbo, zinco e prata.
António Anjos tinha 16 anos quando começou a trabalhar nas Minas do Braçal. Não foi imediatamente para as profundezas, já que descer às entranhas da terra era um trabalho reservado para quem tivesse mais de 18 anos.
António foi para as minas porque era preciso ajudar os pais e trabalho era coisa que então não abundava. “Naquela altura era o que havia. Não havia quase mais nada”, contou, numa conversa com o Diário de Aveiro, este antigo mineiro agora com 84 anos. Além do trabalho nas minas também trabalhava na terra, ao lado dos pais.

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