Aveiro e Coimbra foram assumidas como as duas cidades candidatas a receber a futura Entidade da Transparência, sob jurisdição do Tribunal Constitucional (TC) e que irá fiscalizar os rendimentos e património dos políticos. O jornal Público noticiou ontem que a Universidade de Coimbra se ofereceu para ceder o Palácio dos Grilos e que o TC manifestou abertura para acolher a proposta, sinalizando o espaço como o preferido para pôr o novo organismo a funcionar.
O problema, de acordo com o jornal diário, é que o edifício que até há pouco tempo acolhia serviços administrativos da universidade coimbrã apresenta “problemas de conservação que obrigariam a uma importante intervenção de reabilitação e de adaptação”, o que levaria “longos meses” a concluir, segundo uma carta do presidente do TC, João Caupers, à Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados, a que o Público teve acesso.
Representantes do TC já visitaram o local, há cerca de duas semanas, e constataram, ainda segundo as palavras de João Caupers, que o edifício tem dimensão “adequada e incontroversa dignidade” para receber a Entidade da Transparência. A questão é que, embora “ainda não devoluto”, o Palácio dos Grilos padece de vários problemas que acarretam a realização de obras de monta, levando o TC a não descartar outras alternativas existentes, embora não nomeadas. Em breve serão efectuadas visitas “comparativas” aos vários edifícios que estão em cima da mesa.
