Há cerca de cinco anos, Jacob deixou a vida que tinha para trás para percorrer a costa portuguesa a criar grandes esculturas em areia, das quais não guarda mais do que memórias. “Tinha fotografias no telemóvel, mas tive de o vender, em Coimbra, para arranjar algum dinheiro”, contou-nos.
A efemeridade da matéria-prima com que trabalha tornou-se uma lição para a vida. “Nunca sei bem onde vou estar amanhã, nem o que o que vou construir”. Chegou à praia vareira na semana passada e, sem conhecer ninguém, ficou ao relento nas primeiras noites, até que a solidariedade das gentes locais o instalou no Alojamento Furabeach, onde tem estado gratuitamente.