A chamada bazuca europeia – o mega pacote de ajudas financeiras para responder às consequências da COVID-19 – faz mira a muitos investimentos em Portugal, mas deixa de fora a requalificação e ampliação do hospital de Aveiro, obra assumida como a prioridade número um em termos regionais. Ao comentar a decisão na última Assembleia Municipal, sexta-feira à noite, Ribau Esteves não poupou na adjectivação: é uma opção “inacreditável, errada e inadmissível”.
O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) tem “coisas boas” e um exemplo é a construção da via rápida Aveiro-Águeda, obra há muito ansiada localmente. Mas tem também escolhas “inacreditáveis”, “a primeira” das quais, no que diz respeito à região, a exclusão do Hospital Infante D. Pedro.
Existem “outros sectores para acorrer”, mas a saúde, cujas “insuficiências graves” ficaram a nu com a pandemia, deveria ser assumida como uma prioridade. Ao contrário, foi “secundarizada”, lamentou o autarca da coligação PSD/CDS, que irá fazer pressão política para que o projecto seja ainda inscrito no PRR. Caso falhe esse objectivo, a candidatura a financiamento vira-se para o actual pacote de fundos (Portugal 2020) ou para o próximo (2021-2027).