A Josafer faz parte da quarta geração de esmorizenses ligada ao sector da tanoaria na cidade onde chegou a haver mais de 40 tanoarias. Hoje, esse número encontra-se bastante reduzido, sendo a Josafer um bom exemplo de resiliência, já que em plena pandemia soube adaptar-se. Filipe Octávio, sócio-gerente da tanoaria de Esmoriz, não esconde que “a pandemia afectou imenso o negócio, porque trabalhamos quase exclusivamente para dois mercados”. Ao contrário do que se poderia pensar, “nós não trabalhamos para o mercado do vinho, esse tem pouca expressão para a nossa empresa, neste momento”.
Actualmente, “estamos muito mais vocacionados para o mercado dos destilados, ou seja, das aguardentes, brandies, conhaques, rum e tequila, no que concerne a bebidas”, mas, surpreendentemente, revela que a Josafer está a produzir também para “o mercado europeu de decoração”. Para ir ao encontro destes novos mercados, Filipe Octávio explica que utiliza dois tipos de madeira específicos para a produção dos barris: “O carvalho (francês e americano) e o castanho português. O castanho é mais adequado para o fabrico de barris de decoração”.
