A adjudicação da obra do Rossio, em Aveiro, que inclui a construção de um parque de estacionamento no subolo, faz parte da ordem de trabalhos da reunião pública de hoje do Executivo da Câmara de Aveiro, cujo início está marcado para as 15.30 horas.
Trata-se da "Requalificação do Largo do Rossio e Praça General Humberto Delgado e Concessão do Serviço Público de Estacionamento em Parques de Estacionamento Subterrâneos", o que foi consegue à segunda tentativa. O primeiro concurso que a Câmara lançou para a obra foi anulado porque nenhuma das propostas cumpria as condições definidas no caderno de encargos, segundo justificou a autarquia.
O segundo concurso lançado pela autarquia tinha um preço base de 11,7 milhões de euros, sendo que a empresa escolhida terá de suportar uma renda de 2,5 milhões de euros, durante a obra e, posteriormente, 24 mil euros por ano, com cinco anos de carência.
A obra inclui intervenções na circulação automóvel das ruas adjacentes ao jardim, mudança da Ponte-Praça e envolvendo a entrega do estacionamento automóvel na cave do Mercado Manuel Firmino, mas o parque no subsolo é o aspeto que tem centrado a atenção pública devido ao impacto da obra. Sobre a placa do estacionamento subterrâneo, no lugar do relvado, será construída uma “Praça de Eventos”, com 3.415 metros quadrados. O parque de estacionamento terá capacidade para 219 automóveis, 14 motas e 36 bicicletas.
A contestação à obra tem sido feita por cidadãos, associações e partidos da oposição à maioria PSD-CDS que governa a Câmara. Contudo, a obra chegou a esta fase da adjudicação, mas após vários processos em tribunal, particularmente interpostos por David Iguaz, líder da associação Juntos pelo Rossio, na tentativa de parar o projecto de construção de um parque subterrâneo.
Precisamente, faz parte da agenda de trabalhos da reunião de hoje um “despacho de arquivamento no Inquérito - Processo n.º 302/20.0T9AV, em que é requerente David Iguaz Hermoso de Mendoza e arguido o Município de Aveiro”.
