Nesta coisa da pintura em espaço público, nada melhor do que aprender com quem sabe, e Gonçalo Mar sabe. Focado na construção do seu próprio ambiente imaginário, a sua obra funde elementos da banda desenhada e animação com símbolos da cultura japonesa com os códigos da arte de rua. O seu trabalho no ESTAU - Festival de Arte Urbana de Estarreja deste ano, numa parede do edifício do Centro de Saúde de Estarreja, é disso exemplo bem evidente. Enquanto um dos primeiros artistas urbanos em Portugal, Gonçalo Mar pensou em homenagear os profissionais desta pandemia, numa estética única, povoada de cor e formas com inspiração na flora local.
Ontem, Gonçalo Mar orientou um “workshop” de arte urbana, que resultou numa nova pintura mural no Pavilhão Multiusos, edifício onde pousou, em 2015, o conhecido “Guarda-Rios”, de Bordalo II, e onde começou esta aventura de “street art”.
O “workshop”, que esgotou o número de inscrições, começou com “uma conversa a contextualizar o movimento das artes de rua e as suas regras, que a maioria das pessoas não sabe. Porque o ‘grafitti’ é ilegal, por exemplo”, atentou.