Após um período longo de interrupção da actividade lectiva presencial e da retoma parcial no final do último ano escolar, arrancou, esta semana, o novo ano lectivo, que tem a particularidade do funcionamento das aulas em contexto de pandemia e ainda a assunção das novas competências, por parte das autarquias, na área da Educação, no âmbito do processo de descentralização desencadeado pelo Governo. A propósito da abertura do novo ano escolar em Ílhavo, assinalado na quinta-feira, com a inauguração da Requalificação e Ampliação do Jardim-de-Infância e Escola Básica da Gafanha da Encarnação Sul, o Diário de Aveiro quis saber, junto do presidente da Câmara, Fernando Caçoilo, como foi preparado o regresso às aulas e quais as perspectivas da autarquia para o decurso do ano escolar.
Diário de Aveiro: Como é que foi preparado o início do ano escolar em Ílhavo, tendo em conta os impactos que a pandemia tem provocado nas rotinas habituais das escolas?
Fernando Caçoilo: Está a ser um arranque de ano lectivo atípico, muito diferente do habitual, com a necessidade de adaptação dos alunos, professores, assistentes operacionais e das próprias famílias a um conjunto de regras e procedimentos que implicam novos comportamentos e rotinas nas escolas.
Nesta fase, a Câmara tem desenvolvido um trabalho muito intenso, de estreita ligação entre o Gabinete Municipal de Protecção Civil, a nossa Divisão de Educação e as directoras dos três Agrupamentos na elaboração e implementação dos planos de contingência, dos procedimentos necessários para o cumprimentos das orientações da Direcção-Geral da Saúde e no fornecimento de equipamentos de protecção (os EPI) e material de segurança a todas as escolas, processo que ainda não está fechado, nem apurado, mas que, para já, significa um investimento de muitos milhares de euros.
Mas o que é mais importante nesta fase, face aos dados conhecidos e aos estudos que vão sendo apresentados, é que todos tenhamos a consciência que é importante uma alteração dos nossos comportamentos e rotinas.