A Polícia Judiciária (PJ) procedeu à detenção de dois homens, de 34 e 35 anos, ambos de nacionalidade brasileira, suspeitos da autoria de uma onda de assaltos a instituições bancárias no Centro e Norte do país. O mais novo, já condenado por roubo, foi expulso do país, mas manteve-se no “activo”, com recurso a uma identidade falsa. O outro, sem antecedentes criminais, terá assumido uma colaboração activa em pelo menos dois dos 10 roubos consumados. Estão ambos em prisão preventiva por ordem do Tribunal de Leiria, onde foram presentes na sexta-feira.
O primeiro assalto aconteceu em Pombal, no dia 11 de Dezembro. No mesmo dia, depois da agência do Banif, foi assaltado o balcão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) de Buarcos, na Figueira da Foz. Seguiu-se, no dia 22, a Caixa de Crédito Agrícola (CCA) de Murtede, concelho de Cantanhede. Três assaltos singulares, uma vez que apenas um dos indivíduos (o líder, mais novo) se deslocou à instituição bancária e, antes de apontar a arma de fogo (réplica) e exigir o dinheiro, apresentou-se como um qualquer cliente, com o propósito de proceder à abertura de uma conta. As câmaras de vigilância registaram as imagens, muito embora o assaltante se apresentasse disfarçado, com barba e cabeleira, e os funcionários com quem falou, bem como os clientes da agência, registaram o sotaque brasileiro. Elementos que se revelaram vitais para a investigação da PJ, da responsabilidade da Directoria do Centro, que foi juntando um conjunto de dados que permitiram ajustar o “puzzle” e desenvolver um quadro de colaboração «com outros órgãos de polícia criminal» e também com «funcionários de segurança das instituições bancárias assaltadas». De resto, de acordo com fonte ligada à investigação, foi possível criar, «durante as suas últimas semana, um discreto dispositivo de vigilância», que acabou por conduzir à detenção, na semana passada, dos dois homens.
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