“Eu sou o Toino Nazareno. Venham conhecer a história da minha morte”. É assim, entre desvarios e uma loucura aparentemente alegre, que se embarca n’ “O Lugre”, uma peça de teatro de comunidade que, amanhã, percorre duas das salas do Museu Marítimo de Ílhavo (MMI), de forma a assinalar o Dia Internacional dos Museus. A tragédia, que resulta da adaptação de textos do livro homónimo, da autoria de Bernardo Santareno, é um convite a uma partilha da comunidade para a comunidade, de um momento de reflexão sobre um tema que é tão caro às gentes ilhavenses.
A introdução à peça, feita no hall de entrada do MMI, não engana ninguém, dizendo logo o que aí vem: uma história de desespero, solidão, sofrimento e morte. Mortes. No plural. E é o próprio Toino Nazareno que leva o público na espuma do sofrimento que fica em suspenso, depois, na sala “Faina Maior”. A bordo da réplica de um antigo lugre, pescadores cambaleantes, quase fantasmagóricos, repetem gestos mecanizados, no compasso do piano que chora de raiva.
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