Jornal defensor da valorização de Aveiro e da Região das Beiras
Fundador: 
Adriano Lucas (1925-2011)
Diretor: 
Adriano Callé Lucas

“Mercado municipal foi um projecto falhado”


José Fonseca Segunda, 08 de Junho de 2020

O presidente da Câmara de Viseu, António Almeida Henriques, admitiu na passada sexta-feira que o Mercado 21 de Agosto, mais conhecido como mercado municipal, “foi um projecto falhado” e que será demolido para dar lugar a um edifício novo, com melhores condições para comerciantes e clientes e capaz de acolher os serviços que a autarquia pretende transferir para lá, com o objectivo de criar uma âncora de desenvolvimento, que o actual mercado nunca conseguiu ser.
Durante a sessão de assinatura do protocolo entre o Município de Viseu e a Agência para a Modernização Administrativa, que concretiza a transferência da gestão da Loja do Cidadão para o município, o autarca anunciou a demolição do mercado, explicando que o novo edifício irá contar com três pisos subterrâneos com 400 lugares de estacionamento e com espaço para receber os serviços da Loja do Cidadão, que, para já, ainda funciona na Quinta das Mesuras, junto à biblioteca municipal, duas conservatórias, serviços das Finanças e o Atendimento Único da Câmara de Viseu.
Ao longo dos últimos anos, Almeida Henriques anunciou por várias vezes a requalificação do mercado municipal, no entanto, os problemas estruturais do actual edifício terão levado a autarquia a optar pela sua demolição, após diversas intervenções para melhorar as condições oferecidas aos comerciantes e inúmeras campanhas de promoção e acções de animação para tentar reaproximar a população da ‘praça’.
“Este projecto vai demorar dois a três anos a ser concretizado”, sublinhou Almeida Henriques.
A ‘praça’ funcionou durante muitos anos no Mercado 2 de Maio, em pleno centro histórico de Viseu, numa zona muito movimentada da cidade, e foi com Engrácia Carrilho como presidente da autarquia que foi tomada a decisão de criar o Mercado 21 de Agosto, que acabou por abrir as portas com Fernando Ruas a liderar o executivo. ‘Escondida’ atrás de diversos edifícios a nova ‘praça’ foi perdendo o fulgor de outros tempos, ao mesmo tempo que comerciantes e clientes se iam queixando da falta de condições existentes.

Quiosque Cidadão
na Rua Direita

A assinatura do protocolo entre o Município de Viseu e a Agência para a Modernização Administrativa foi testemunhada pela ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, que visitou o Quiosque Cidadão, na Rua Direita, onde começaram a ser feitos atendimentos relativos aos cartões de cidadão.
O atendimento funciona apenas por agendamento, sendo a marcação realizada em exclusivo pelo Instituto dos Registos e Notariado, através de contacto telefónico. A abertura do balcão temporário visa responder de forma célere e ágil ao elevado número de pedidos e levantamentos de cartão de cidadão pendentes, situação agravada depois das medidas excepcionais e temporárias implementadas no âmbito do combate à covid-19 – que limitaram o atendimento presencial aos actos urgentes e prolongaram a validade dos documentos pessoais até 30 de Outubro, como explicou Alexandra Leitão.


Suplementos


Edição de Hoje, Jornal, Jornais, Notícia, Diário de Coimbra, Diário de Aveiro, Diário de Leiria, Diário de Viseu