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Empresa de têxteis investe 3,6 milhões na produção de máscaras


Quinta, 04 de Junho de 2020

A Borgstena Textile Portugal anunciou na terça-feira que investiu 3,6 milhões de euros (ME) em equipamento para produção de máscaras, retirando do ‘lay-off’ 225 dos 600 trabalhadores da fábrica de tecidos para a indústria automóvel localizada em Nelas.
“Prevendo uma retoma lenta do scetor automóvel, numa tentativa de evitar reduzir postos de trabalho, e ao mesmo tempo dar resposta à actual necessidade de produtos de protecção individual, a empresa iniciou em Abril um estudo para produção de máscaras e posterior compra de equipamento produtivo, no valor de 3,6 milhões de euros”, anunciou a empresa. 
Num comunicado de imprensa, a fábrica explica que “o novo investimento em Nelas prevê a produção de Não Tecido Meltblown, a principal matéria prima na produção de máscaras, máscaras cirúrgicas e FFP, injecção das cápsulas para as máscaras FFP e também a extensão da sua área produtiva em 2800 m/2”.
Assim, em Julho, “a empresa prevê já ter uma capacidade mensal instalada de 12.000.000 unidades de máscaras cirúrgicas, 3.000.000 unidades de máscaras FFP, 200.000 unidades de máscaras reutilizáveis”.
Segundo o documento, a empresa já tem aprovadas máscaras reutilizáveis - nível 2, através do certificado 7339/2020 do Citeve, e máscaras de uso profissional - nível 2, através do certificado 8500/2020 do Citeve, e está em processo de certificar máscaras cirúrgicas CE - tipo IIR.
“A Borgstena Textile Portugal, a maior empresa nacional de desenvolvimento e produção de tecidos para a indústria automóvel, localizada em Nelas, reorganiza-se para a produção massiva de máscaras e salva mais de 225 postos de trabalho”, conta.
O documento destaca que “um dos objectivos principais é evitar a redução dos postos de trabalho dos mais de 600 colaboradores” e que este projecto “é uma medida que vai ao encontro da actual necessidade de mercado e ao mesmo tempo coloca a trabalhar mais de 225 colaboradores, que em situação normal estariam em ‘lay-off’”. 
A empresa teve, em 2019, um valor de exportações superior a 85 milhões de euros, é o maior empregador do concelho e um dos maiores do distrito de Viseu, e teve, com o impacto do covid-19, no mês de Abril e Maio uma quebra acima de 60% das suas vendas, em comparação com o período homólogo.


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