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Indicador de transmissibilidade de infecção revela “estabilidade”


Quinta, 21 de Maio de 2020

O indicador que define o grau de transmissibilidade de infecção do novo coronavírus está estável, com cada doente a originar, em média, menos de um caso secundário, anunciou ontem o secretário de Estado da Saúde.
Entre 13 e 17 de Maio, a média do RT foi de 0,95, o que significa que “a nível nacional um caso infectado originou, em média, menos de um caso secundário”, explicou António Lacerda Sales.
“Estamos perante uma estabilidade deste indicador de transmissibilidade de infecção (RT)”, anunciou o governante na conferência de imprensa diária sobre a pandemia de covid-19, realizada em Lisboa, durante a qual referiu outros números que considerou darem algum “alento e um sinal de confiança no futuro colectivo”.
Desde 11 de Maio, “a taxa de testes positivos diários ficou abaixo dos 5%”, salientou, lembrando que nos últimos dois meses e meio – entre 1 de Março e 18 de Maio - se realizaram 674 mil testes, o que representa uma média diária de cerca de 8.500 testes.
O secretário de Estado da saúde lembrou que é preciso continuar a olhar para os dados “com cautela”, mas não se pode ignorar que são bons sinais os que surgem relativos à segunda semana da 1.º fase de desconfinamento, entre 13 e 17 de Maio.
No último mês, o número médio semanal de internamentos tem diminuído, assim como as unidades de cuidados intensivos seguem “uma tendência semelhante”, sublinhou António Sales.
O número de mortes semanais também tem diminuído, “semana após semana, desde 13 de Abril”, mas “não está tudo feito”, sublinhou.

1.263 mortes no país
Portugal registou ontem 1.263 mortes relacionadas com a covid-19, mais 16 do que na terça-feira, e 29.660 infectados, mais 228, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direcção-Geral da Saúde. Em comparação com os dados de terça-feira, em que se registavam 1.247 mortos, ontem constatou-se um aumento de óbitos de 1,3%.
Relativamente ao número de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus (29.660), os dados da Direcção-Geral da Saúde (DGS) revelaram que havia mais 228 casos do que na terça-feira (29.432), representando uma subida de 0,8%.
A região Norte é a que regista o maior número de mortos (713), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (289), do Centro (230), do Algarve (15), dos Açores (15) e do Alentejo, que regista um óbito, adianta o relatório da situação epidemiológica, com dados actualizados até às 24h00 de terça-feira, mantendo-se a Região Autónoma da Madeira sem registo de óbitos.
Segundo os dados da Direcção-Geral da Saúde, 646 vítimas mortais são mulheres e 617 são homens.
Das mortes registadas, 850 tinham mais de 80 anos, 246 tinham entre os 70 e os 79 anos, 113 tinham entre os 60 e 69 anos, 40 entre 50 e 59, 13 entre os 40 e os 49 e um dos doentes tinha entre 20 e 29 anos.
A caracterização clínica dos casos confirmados indica que 609 doentes estão internados em hospitais, menos 20 do que na terça-feira (-3,2%), e 93 estão em Unidades de Cuidados Intensivos, menos oito (-8,6%).
A recuperar em casa estão 21.336 pessoas.
Desde o dia 1 de Janeiro, registaram-se 301.225 casos suspeitos, dos quais 2.405 aguardam resultado dos testes.
Há 269.160 casos em que o resultado dos testes foi negativo, refere a DGS, adiantando que o número de doentes recuperados subiu para 6.452.
A região Norte continua a registar o maior número de infecções, totalizando 16.488, seguida pela região de Lisboa e Vale do Tejo, com 8.688, da região Centro, com 3.655, do Algarve (356) e do Alentejo (248).
Os Açores registam 135 casos de covid-19 e a Madeira contabiliza 90 casos confirmados.
A DGS regista também 25.281 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.
Do total de infectados, 17.327 são mulheres e 12.333 são homens.

Dois novos casos de infecção no distrito
Após dois dias sem novos casos de infecção no distrito de Viseu, as autoridades de saúde da região registaram dois novos casos, mais concretamente, um em Viseu e outro em Mortágua, aumentando assim para 561 o total de infectados com covid-19.
Desde o início do mês, houve mais 40 casos no distrito. Os concelhos mais afectados são Castro Daire, com 111 casos, Viseu com 102, Mangualde, com 78, Resende com 66 e Lamego com 44. 

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