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Covid-19: Linhas de apoio a vítimas de violência doméstica receberam 308 pedidos


foto. DR/Arquivo Quinta, 30 de Abril de 2020

As três linhas de apoio a vítimas de violência doméstica receberam 308 pedidos desde 19 de Março e as queixas às polícias por este crime diminuíram 39% em relação ao mesmo período de 2019, revelou ontem o Governo. “Portugal, ao contrário de outros países europeus, não regista um aumento de participações por violência doméstica. A PSP e a GNR registaram um decréscimo das participações em 39% face ao mesmo período do ano passado, o que nos compromete ainda mais na urgência de dar outras respostas”, disse o secretário de Estado da Saúde.

António Lacerda Sales, que falava aos jornalistas durante a conferência de imprensa diária de acompanhamento da pandemia de Covid-19 em Portugal, deu conta que uma das preocupações do Governo” é a violência doméstica, que “não pode ficar esquecida em tempos de Covid-19”. Nesse sentido, afirmou que a Secretaria de Estado para a Cidadania e a Igualdade, em parceria com o Ministério da Saúde, através do INEM, está a desenvolver, desde o início de Março, um plano de contingência de prevenção e de combate à violência doméstica em contexto de Covid-19.

Segundo o secretário de Estado, foi criada uma nova linha de atendimento por SMS, com o número 3060, que desde a entrada em funcionamento, a 27 de Março, já recebeu 123 pedidos de apoio.

O governante explicou que esta linha é gratuita e não permite a identificação dos contactos pelo agressor, presta informações, apoia e encaminha as vítimas em caso de elevado perigo, aciona as forças de segurança, para verificação imediata das situações no local.

António Sales frisou que se mantém também activa a linha telefónica de apoio a vítimas de violência doméstica (800 202 148), bem como um correio electrónio ([email protected]), “No total estas linhas receberam desde o dia 19 de Março 308 pedidos”, precisou.

O secretário de Estado disse igualmente que a rede de casa de abrigo e de acolhimento de emergência têm estado em funcionamento e respeitam as regras de isolamento e distanciamento social, além de terem sido contratualizados mais duas casas de abrigo com mais 100 vagas. De acordo com o governante, estas casas já acolherem 50 vítimas entre 6 e 27 de Abril.


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