A Comissão de Trabalhadores (CT) da Renault Cacia, em Aveiro, acusa a empresa de não assumir as suas “responsabilidades sociais”, penalizando quase exclusivamente os funcionários com a decisão de suspender a produção. “Os 12 dias de paragem, do dia 18 até ao dia 29 de Março, foram exclusivamente retirados dos trabalhadores [mediante o gozo de dias de férias e de bolsa de horas], por perceberem que esta se trata de uma fase complexa. Esperançosos, aguardávamos que a empresa assumisse igualmente as suas responsabilidades sociais, mas infelizmente assim não aconteceu”, sustenta a CT em comunicado.´
Face à necessidade de prolongar a suspensão, a Administração “não quis discutir as propostas apresentadas pela CT”, tendo decidido “unilateralmente que os dias 30 e 31 de Março são de paragem para a bolsa de horas e do dia 1 a 30 de Abril aplica o ‘lay-off’ [suspensão temporária do contrato de trabalho]”. Uma decisão que “não tem o acordo da CT”, que “mantém em vigor o pré-aviso de greve à bolsa de horas e ao trabalho extraordinário”, sublinha.